Muita gente remove o parasita e acha que resolveu. Entretanto, a doença do carrapato costuma agir por dentro e em silêncio. Após a picada, microrganismos conseguem entrar na corrente sanguínea do cão e, assim, desencadear um quadro que pode afetar células e órgãos vitais.
De forma geral, o carrapato-marrom pode transmitir Ehrlichia canis, Babesia canis e Anaplasma platys. Como consequência, essas bactérias e protozoários atacam plaquetas e glóbulos vermelhos, reduzindo a imunidade e comprometendo fígado, rins e pulmões. Por isso, reconhecer cedo os sinais — e agir com rapidez — faz toda a diferença no prognóstico.
O que realmente é a “doença do carrapato”?
Antes de tudo, vale entender o termo. “Doença do carrapato” não é uma única enfermidade, mas sim um conjunto de infecções transmitidas por vetores. Entre elas, destacam-se: erlichiose (por Ehrlichia), babesiose (por Babesia) e anaplasmose (por Anaplasma). Em comum, todas podem causar anemia, febre, apatia, perda de peso e sangramentos; em quadros avançados, surgem ainda alterações respiratórias e neurológicas.
Além disso, o risco aumenta em climas quentes e úmidos — cenário perfeito para a multiplicação do carrapato. Ambientes com gramados altos, frestas, casinhas de madeira e circulação de outros animais elevam a exposição. Mesmo cães de apartamento podem se infectar após passeios, hospedagens ou contato eventual com parasitas trazidos em roupas e objetos.
Como a infecção acontece (passo a passo)
Inicialmente, o carrapato se fixa na pele do cão para se alimentar de sangue. Enquanto isso, durante a refeição, microrganismos patogênicos podem ser inoculados no organismo. Em seguida, ocorre a fase silenciosa: os sinais são discretos ou inexistentes, o que atrasa a percepção do tutor. Com o passar dos dias, surgem alterações hematológicas e inflamatórias que, sem tratamento, evoluem para quadros sistêmicos.
- 🪳 Aderência: o parasita fixa peças bucais e inicia a sucção;
- 🧬 Transmissão: agentes como Ehrlichia e Babesia passam para o sangue;
- 🧯 Instalação: sinais leves nas primeiras semanas podem confundir;
- 📈 Evolução: anemia, plaquetas baixas e inflamação sistêmica podem surgir.
Atenção Sobretudo, lembre que nem todo carrapato está infectado; no entanto, basta um único parasita portador para adoecer o cão. Logo, prevenção e vigilância contínua são essenciais.
Por que essa doença preocupa tanto?
Porque ela pode imitar outras condições e enganar o olhar do tutor. Muitas vezes, o cão apenas parece “mais quieto”, recusa passeios longos ou perde um pouco de apetite. Entretanto, exames revelam plaquetopenia, anemia e inflamação — achados clássicos das infecções transmitidas por carrapatos. Em filhotes e idosos, a evolução tende a ser mais rápida.
🔬 “A identificação clínica precoce, aliada a exames laboratoriais, é determinante para reduzir complicações da doença do carrapato.” — Literatura técnico-veterinária
Em resumo, a chave é reconhecer o perigo real que um “simples carrapato” representa. Na sequência, você vai ver como identificar sinais de alerta, quais exames confirmam o diagnóstico e, dessa forma, que cuidados práticos diminuem o risco de novas exposições dentro e fora de casa.
Principais sintomas da doença do carrapato em cães
Identificar os primeiros sinais é essencial para evitar complicações. Geralmente, os sintomas aparecem de forma discreta, mas com o passar dos dias podem se intensificar. Por isso, fique atento a mudanças sutis no comportamento do seu cachorro.
Em muitos casos, o tutor percebe que o animal está mais quieto, evita brincar e demonstra cansaço. Além disso, é comum notar perda de apetite, febre, sangramento nasal e gengivas pálidas. Com o avanço da infecção, o pet pode desenvolver anemia, fraqueza intensa e perda de peso.
Outro sinal importante é o surgimento de manchas avermelhadas na pele ou pontos de sangramento. Esses indícios ocorrem devido à queda no número de plaquetas — consequência direta da infecção causada pelos microrganismos transmitidos pelo carrapato. Em casos graves, o cão pode apresentar tremores, falta de coordenação e dificuldade respiratória.
Vale ressaltar que os sintomas variam de acordo com o estágio da doença. No início, as alterações são leves e podem passar despercebidas. Depois, quando o organismo já está comprometido, as manifestações tornam-se mais evidentes e perigosas.
Os três estágios da doença
Primeiro estágio (agudo): dura de duas a quatro semanas. O animal apresenta febre, apatia e perda de apetite. Nesse momento, o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento.
Segundo estágio (subclínico): pode durar meses. Nessa fase, o cão parece saudável, mas os agentes infecciosos continuam ativos no organismo. Por esse motivo, exames de rotina são indispensáveis.
Terceiro estágio (crônico): caracteriza-se por anemia severa, hemorragias e comprometimento de órgãos internos. Sem tratamento, o animal pode chegar a óbito.
Importante Mesmo após a melhora aparente, o cão deve passar por acompanhamento veterinário. Assim, é possível garantir que a infecção foi eliminada por completo e evitar recaídas.
Em resumo, quanto antes o tutor reconhecer os sintomas da doença do carrapato, maiores serão as chances de recuperação. Na próxima seção, você vai entender como o veterinário realiza o diagnóstico e quais exames ajudam a confirmar o problema.
Fonte: Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária e literatura técnica em saúde animal.
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Diagnóstico da doença do carrapato: como o veterinário confirma
Após perceber os primeiros sinais, o próximo passo é procurar um veterinário. Embora muitos tutores tentem adivinhar o problema, apenas exames clínicos e laboratoriais podem confirmar se o cão realmente está com a doença do carrapato.
Em geral, o profissional inicia o atendimento com uma avaliação física completa. Nesse momento, ele observa mucosas, temperatura corporal, peso e o estado dos pelos. Além disso, analisa o histórico recente do animal, perguntando sobre passeios, contato com outros cães ou presença de carrapatos em casa.
Os principais exames que detectam a doença
Para confirmar o diagnóstico, o veterinário pode solicitar exames específicos. Entre os mais comuns estão o hemograma, a pesquisa de hemoparasitas e o teste sorológico. Esses procedimentos ajudam a identificar a presença dos microrganismos responsáveis e avaliar o impacto da infecção no organismo do cão.
- 🧪 Hemograma completo: avalia glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Normalmente, a doença do carrapato causa anemia e plaquetopenia.
- 🔬 Pesquisa de hemoparasitas: feita com lâmina de sangue observada no microscópio. Assim, o veterinário pode visualizar diretamente o agente infeccioso.
- 🧫 Testes sorológicos e PCR: detectam anticorpos ou DNA do parasita, oferecendo diagnóstico mais preciso e precoce.
Por que é importante agir rápido
Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, maior é a chance de recuperação total. Isso acontece porque as bactérias e protozoários ainda não tiveram tempo de causar danos irreversíveis. Por outro lado, quando o tratamento é adiado, o cão pode desenvolver anemia profunda, infecções secundárias e comprometimento de órgãos como o fígado e os rins.
Além disso, o diagnóstico precoce ajuda a evitar a disseminação da doença em ambientes compartilhados por outros animais. Em canis e lares com múltiplos cães, o controle deve ser rigoroso, incluindo inspeções diárias e desinfecção dos espaços.
Dica Não espere o quadro piorar. Caso o seu cão apresente cansaço, febre ou manchas avermelhadas na pele, procure atendimento o quanto antes. Assim, o veterinário poderá indicar o exame correto e evitar complicações sérias.
Em resumo, a confirmação da doença do carrapato depende de análise laboratorial e acompanhamento profissional. Na sequência, você vai entender como é feito o tratamento e quais cuidados domésticos ajudam na recuperação do seu amigo.
Fonte: Revista Clínica Veterinária e Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária.
Tratamento da doença do carrapato: como ajudar seu cão a se recuperar
Depois de confirmado o diagnóstico, o veterinário vai indicar o tratamento mais adequado. Normalmente, ele envolve o uso de antibióticos específicos, vitaminas e cuidados de suporte para restaurar a saúde do cão. Entretanto, cada caso é diferente e deve ser acompanhado de perto por um profissional.
O objetivo principal é eliminar os agentes causadores da doença do carrapato e controlar os sintomas. Para isso, o veterinário pode prescrever medicamentos como doxiciclina ou imidocarb, além de suplementos para fortalecer o sistema imunológico e auxiliar na recuperação do sangue.
Cuidados durante o tratamento
Durante o processo de recuperação, é fundamental manter o animal hidratado e oferecer uma alimentação equilibrada. Além disso, o repouso é essencial, pois o corpo precisa de energia para combater a infecção. Em alguns casos, o veterinário pode recomendar transfusão de sangue, caso o cão apresente anemia severa.
Outro ponto importante é o controle do ambiente. Enquanto o cão estiver em tratamento, é indispensável eliminar todos os carrapatos da casa. Por isso, limpe o quintal, lave cobertores e higienize o local onde o animal dorme com produtos indicados para esse fim.
O que evitar durante a recuperação
Durante o tratamento, não utilize medicamentos por conta própria. Muitas vezes, o uso de remédios errados pode agravar o quadro e causar reações adversas. Além disso, evite banhos muito frequentes, principalmente se o animal estiver fraco ou com feridas na pele.
Outro erro comum é suspender o tratamento antes da hora. Mesmo que o cão pareça melhor, é essencial seguir as orientações do veterinário até o final. Dessa forma, você garante que todos os microrganismos sejam eliminados e reduz o risco de reincidência.
Importante Durante o tratamento, mantenha contato frequente com o veterinário. Assim, qualquer alteração no quadro clínico será percebida rapidamente, permitindo ajustes no tratamento, se necessário.
Em resumo, o tratamento da doença do carrapato exige paciência, dedicação e acompanhamento profissional. Na próxima etapa, vamos mostrar como prevenir a infecção e proteger seu cão a longo prazo — afinal, evitar é sempre o melhor remédio.
Fonte: Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária e artigos técnicos em saúde animal.
Prevenção da doença do carrapato: como proteger seu cão o ano todo
Depois de tratar a doença, o passo mais importante é garantir que ela não volte. Para isso, a prevenção precisa se tornar parte da rotina do seu cão. A boa notícia é que, com alguns cuidados simples e consistentes, é possível manter os carrapatos bem longe e preservar a saúde do seu pet.
O primeiro passo é a aplicação regular de antiparasitários. Esses produtos podem ser em forma de comprimidos, coleiras ou pipetas aplicadas na pele. Além de eliminar os carrapatos, muitos deles também protegem contra pulgas e outros parasitas perigosos.
Manutenção do ambiente é essencial
Além dos cuidados com o animal, é indispensável tratar o ambiente onde ele vive. Isso porque os carrapatos passam boa parte do ciclo de vida fora do corpo do cão, escondidos em frestas, tecidos e grama. Portanto, varra, aspire e lave frequentemente o local onde o pet dorme, incluindo tapetes e cobertores.
Outra dica valiosa é usar produtos específicos para dedetização doméstica. No entanto, sempre siga as instruções do fabricante e evite deixar o animal no local até a completa ventilação do ambiente. Dessa forma, você garante segurança tanto para o cão quanto para a família.
Exames de rotina e observação constante
Mesmo com todos os cuidados, o acompanhamento veterinário continua sendo fundamental. Por meio de exames periódicos, é possível detectar precocemente qualquer sinal de reinfecção ou complicação. Assim, o tratamento é iniciado de forma rápida e eficaz.
Durante passeios, verifique sempre o corpo do cão ao retornar para casa. Os carrapatos costumam se fixar em regiões como orelhas, pescoço, patas e barriga. Portanto, um simples hábito de inspeção pode fazer toda a diferença.
Dica extra Crie uma rotina de proteção. Use um calendário para lembrar das aplicações de antipulgas e carrapatos. Com organização, você evita esquecimentos e mantém o cão sempre protegido.
Em resumo, prevenir a doença do carrapato é muito mais simples e barato do que tratar. Com cuidados regulares, higiene no ambiente e acompanhamento veterinário, seu melhor amigo estará sempre saudável, ativo e livre desse perigo.
Fonte: Veterinária Brasil e Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária.
Produtos que ajudam na prevenção e no cuidado contra a doença do carrapato 🐾
Cuidar da saúde do seu cão também envolve escolher os produtos certos. Abaixo estão algumas indicações úteis que podem ajudar na prevenção e no controle de carrapatos, sempre como complemento às orientações do(a) veterinário(a).
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Fontes: Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária e Revista Clínica Veterinária.
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